Tudo na natureza é divino e sagrado, viemos à este plano conscientes disso, mas nos esquecemos; somos deuses com amnésia. Para os povos proto-germânicos todas as coisas tinham alma, consciência e estavam associados com divindades que os regiam: as plantas, pedras, objetos, animais, pessoas e todos os elementos. Por mais esquecidos que estejamos de nossa origem, somos parte de uma grande consciência divina, somos parte de Nerthus (a Terra), somos parte de Mardoll (consciência divina manifesta), somos parte de Ódin (O supremo êxtase), somos parte de Eir (a cura). Como partículas da grande consciência cósmica temos fragmentos nossos em todas as coisas, o universo é um grande Todo e os deuses nos lembram disso. Parte de nossa consciência está ligada à Sunna (o Sol), Mani (a Lua) e todos os astros e forças e mundos.

Os símbolos por sua vez funcionam como chaves entre este plano do esquecimento e o da memória eterna. Símbolos são usados para representar os deuses e seus atributos, pois são formas simples de acionar a potência daquela divindade. Eles são utilizados também para despertar a consciência acerca de determinados padrões vibratórios: saúde, alegria, prazer, prosperidade, proteção. Todas essas forças estão dentro de nós, nos constituem, porém nosso esquecimento desliga elas e devido essa falha de comunicação atraímos o reverso de cada uma: doença, tristeza, apatia, miséria, tragédia. O símbolo abre a porta da consciência e reconecta os pontos que estavam desligados. Porém a atuação de um símbolo de poder é diferente de uma logomarca, que tem atuação mental e até mesmo de um sigilo, criado conforme a vontade do mago para um propósito específico. Runas são linguagens sagradas, reveladas à humanidade, sendo assim, atuam a partir de padrões muito elevados de consciência, por isso é preciso uma percepção espiritual delas, além de uma simples interpretação intelectual.